terça-feira, 13 de agosto de 2013

Homicídio "triplamente" qualificado

O Tribunal do Júri de Brasília acatou a tese do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e condenou, por homicídio triplamente qualificado, quatro réus acusados pela morte de Ivan Rodrigo da Costa, conhecido como Neneco, ocorrida em 2006. Os jurados reconheceram que o crime foi cometido por motivo fútil, praticado por meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Os réus poderão recorrer da setença em liberdade. 

Fernando Marques Róbias e Francisco Edilson Rodrigues de Sousa Júnior foram condenados a 18 anos e 6 meses de reclusão. Edson de Almeida Teles Junior recebeu a pena de 19 anos e 9 meses, e Alexandre Pedro do Nascimento de 18 anos e 9 meses. Todos terão de cumprir a pena em regime inicialmente fechado. Um quinto acusado do crime, Thiago Martins de Castro, foi julgado em 2007 e condenado a 16 anos e 6 meses de reclusão. 

Entenda o caso 

De acordo com a denúncia do MPDFT, no dia 21 de agosto de 2006, Luiz Alberto Ferreira Lopes foi comemorar seu aniversário com o amigo Ivan Rodrigo da Costa, conhecido como Neneco, e sua namorada, Paula, na Boate Fashion Clube, na Asa Norte, próxima ao shopping Liberty Mall. Na saída, o trio se deparou com o pneu do automóvel de Paula vazio no estacionamento. Enquanto Lopes trocava o pneu, Neneco e Paula conversavam em pé, encostados na traseira do carro, quando foram surpreendidos pelo veículo do réu Fernando Róbias, o Lacraia. 

Lacraia estava com mais quatro amigos dentro do carro, que vinha, rapidamente, de marcha à ré, com grande risco de imprensar o casal entre os dois automóveis. Lopes, com objetivo de alertá-los do perigo da colisão, deu um toque no vidro do carro dos réus. Irados, o condutor, Lacraia, e o passageiro da frente, desceram para tirar satisfações, com tom de voz alterado e partindo para agressões físicas. Os denunciados, todos de compleição física bastante forte, músculos avantajados, eram capoeiristas e profissionais de lutas, alguns até professores. 

O condutor do carro dirigiu-se à Lopes, contra quem iniciou uma série de golpes. A vítima foi atingida por socos na cabeça, no ouvido, na nuca, até derrubá-lo. Enquanto isso, os outros quatro réus massacravam Neneco. Após fartar-se com as agressões contra a vítima Lopes, Lacraia juntou-se aos outros denunciados nos golpes letais contra Neneco. A vítima teve profundas e múltiplas lesões em todo o corpo, especialmente nas regiões mais sensíveis como cabeça e abdômen. Neneco morreu nove dias depois, em decorrência dos ferimentos.

Processo: 2006.01.1.090539-7 

Fonte: Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

Nenhum comentário:

Postar um comentário