quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Exercício ilegal da medicina


 Justiça aceitou a denúncia oferecida pela 2ª Promotoria de Justiça de Mairinque e decretou a prisão de 12 pessoas acusadas de associação criminosa, exercício ilegal da medicina (autoria e participação), uso de documento público falso e favorecimento pessoal, nas cidades de São Roque, Alumínio e Mairinque.

A denúncia é resultado de uma operação deflagrada em julho pelo MP, em conjunto com a Polícia Civil, para desmascarar falsos médicos que atuavam nessas cidades. Esses falsos médicos eram contratados pela empresa INNOVAA, responsável por realizar as contratações na área da saúde para os municípios de Mairinque, Alumínio e pela Santa Casa de São Roque.

As investigações foram iniciadas após o abandono de um plantão por uma falsa médica, no Pronto Atendimento de Alumínio, quando foi constatado no site do CRM que a foto que constava do perfil da profissional habilitada não correspondia à da médica que atuava no posto.

A empresa INNOVAA foi acionada e um funcionário da empresa foi até o posto e se prontificou a levar a falsa médica até a casa dela para buscar os documentos que comprovassem sua profissão. Na verdade, a levou até a Santa Casa de São Roque, para encontrar-se com um dos proprietários da INNOVAA, de onde ela fugiu. Os dois propiciaram a fuga da falsa médica, fornecendo-lhe, inclusive, dinheiro para tanto.

A Justiça acatou a denúncia do MP integralmente, decretando a prisão preventiva de todos os envolvidos no esquema, inclusive daqueles que ainda não haviam sido indiciados pela Polícia Civil.

Nesta quarta-feira, 05/08, foram presos Davi Ben de Mamczur Gonçalves, Sandra Regina dos Santos Teixeira, Laura Vitória de Miranda e Bertino Rumarco da Costa (este último em Minas Gerais).

Três outros réus já estavam presos preventivamente: Pablo do Nascimento Mussolin, Natani Thaísse de Olivieria e Jaime Ricardo Chumacero Cabezas Junior, o qual se entregou na Promotoria de Justiça.

Os demais envolvidos estão foragidos, inclusive a falsa médica, que teve sua fuga favorecida pelo funcionário e sócio da INNOVAA.

Estão foragidos Pedro Renato Guazzelli e Tarquínio Lúcio Alves de Lima (apontados como os organizadores da associação criminosa e proprietários da INNOVAA), e Lee Boris Flores Orellana, José Pablo Rojas Soliz e Vilka de Souza Nobre, a falsa médica.

As Promotorias do Patrimônio Público e Social instaurou cinco inquéritos civis para apurar a omissão de Secretários Municipais de Saúde e outros agentes públicos quanto à fiscalização dos contratos feitos com a INNOVAA, e a Promotoria da área da Saúde Pública instaurou um inquérito para apurar a questão da saúde pública no município.

Fonte: Ministério Público de São Paulo

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